O CORVO



...

E o Corvo ficou para sempre no busto, sem se mexer,
sobre a porta do meu quarto. Seus olhos parecem ser
os dum demónio que sonha, a brilharem infernais;
e a luz arfante da lâmpada lhe põe a sobra no chão;
e a minh'alma, presa à sombra que jaz flutuante no chão,
		não se erguerá nunca mais!
		
		
		

estrofe final em tradução de Amorim de Carvalho - 1966





in Dos Trovadores ao Orfeu: Contribuição para o estudo do maneirismo na poesia portuguesa, pag. 435.

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