Para encerrar, digamos que o Catatau ocupa um lugar raro na prosa literária brasileira. O que pintou depois das aventuras textuais de Guimarães Rosa? Quase nada. Uma exceção, sem dúvida é o livro-viagem Galáxias, de Haroldo de Campos. Por tudo isso, o Catatau é uma surpresa e uma alegria. Não só em termos brasileiros. O livro de Leminski deve, sem esforço, ser colocado ao lado do que há de melhor na produção literária do continente. Ao lado de Cortázar, do melhor Cortázar, aquele da Prosa del Observatorio, e do cubano Cabrera Infante, por exemplo.
1 O título do artigo é “Múltiplo Caetano”. Seu autor é o professor universitário Affonso Romano de Sant'Ana.
Antônio Risério
*OBS.: Publicado originalmente na Revista José, 1976.
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