O CORVO
Certa vez, à meia-noite, lúgubre hora, eu, exausto e fragilizado, lia um curioso e quase esquecido livro de conhecimentos ancestrais, minha cabeça já pendia, e eu estava prestes a me entregar ao sono, quando, de repente, soou um ruído baixo, como se alguém estivesse raspando ou batendo de leve à porta de meu quarto. É apenas uma visita murmurei batendo à porta do meu quarto. Somente isso e nada mais." ... E o corvo, para sempre impassível, para sempre imóvel, pousado no busto pálido de Pallas Atenas, logo acima da porta do meu quarto... E seus olhos com toda a aparência de um demônio em meio a um sonho... E a luminária projetando a sua sombra no assoalho... E dessa sombra que paira sobre o assoalho, flutuando, flutuando, minha alma não há de se desprender... ...nunca mais!
excerto da tradução de Luiz Antonio Aguiar - 2012
OBS.: por respeito aos direitos autorais exibimos apenas um trecho desta tradução
que pode ser lida na integra em "O CORVO / EDGAR ALLAN POE".
Tradução e comentários Luiz Antonio Aguiar. Ed. Melhoramentos
(© 2012, by Editora Melhoramentos)
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