somewhere i have never travelled, gladly beyond any experience, your eyes have their silence: in your most frail gesture are things which enclose me, or which i cannot touch because they are too near your slightest look easily will unclose me though i have closed myself as fingers, you open always petal by petal myself as Spring opens (touching skilfully, mysteriously) her first rose or if your wish be to close me, i and my life will shut very beautifully, suddenly, as when the heart of this flower imagines the snow carefully everywhere descending; nothing which we are to perceive in this world equals the power of your intense fragility: whose texture comples me with the colour of its coutries, rendering death and forever with each breathing (i do not know what it is about you that closes and opens; only something in me understands the voice of your eyes is deeper than all roses) nobody, not even the rain, has such small hands onde jamais viajei, alegremente além de qualquer experiência, teus olhos têm o silêncio deles; no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram ou não posso por perto demais tocar... o teu mais leve olhar me descerra embora com os dedos eu me tenha cerrado, sempre me abres pétala por pétala como a primavera abre (tocando-a jeitosa, misteriosamente) sua primeira rosa ou, se te aprouvesse encerrar-me, eu e minha vida nos fecharíamos em beleza, subitamente, conto quando o coração desta flor imagina a neve cuidadosamente por todo lado a tombar; nada do que nos é dado a perceber neste mundo se iguala ao poder de tua imensa fragilidade: cuja textura me compele com a cor das suas pátrias, que me cedem a morte e o sem-fim a cada alento (não sei o que vai em ti que se fecha e se entreabre; apenas alguma coisa em mim entende que a voz dos teus olhos é mais funda que as rosas todas) e ninguém, nem mesmo a chuva, tem as mãos assim tão pequenas trad. Paulo Mendes Campos | ||
Atualizada em 13/Dez/108 |
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